COMO ACTUAR EM CASO DE ACIDENTE

Como ainda não possuis suficientes conhecimentos para tratares de sinistrados de certa gravidade, vais ter necessidade de recorrer às pessoas capazes de o fazer.
A chamada de socorro deve de ser feita de forma prática e precisa. Para isso, deves proceder da seguinte forma:
o Conservar a calma e evitar que sejas contagiado pelo nervosismo do sinistrado ou doutras pessoas presentes;
o Não confiar, sem reserva, nas sugestões dadas por pessoas que não sejam médicos, enfermeiros ou socorristas ou ainda nos que, em socorrismo, revelam ter conhecimentos menores que os teus;
o Procurar afastar as pessoas que não sejam realmente necessárias;
o Tratar o sinistrado com bom-senso e incutir-lhe confiança, em especial se mostrar alarmado;
o Quando forem vários os sinistrados, chamar a atenção para se prestarem cuidados em primeiro lugar aos que apresentarem lesões mais graves;
o Examinar o local e tomar consciência do que na verdade aconteceu;
o Verificar o número de feridos;
o Saber fornecer a identificação do local: quilómetro...da estrada de ...para..., ou o nome da rua e a localidade onde o acidente ocorreu;
o Assegurar-se se é necessário, ou não, algo mais que ambulância (gruas, reboques, etc., isto em caso, por exemplo, de veículos tombados, em que estejam a impedir a circulação).
Em seguida tens de actuar com decisão e desembaraço. Se os meios de socorro não estiverem próximos, deves de telefonar para:
SOS – 112;
Cruz Vermelha – 291 741115;
Bombeiros : 291 200930 ou 291 229115;
PSP – 291 208200;
GNR – 291 222043.
Em caso de intoxicação por gás de cozinha, uma precaução adicional: abrir as janelas e portas da casa onde o acidente se deu, de forma a provocar uma forte ventilação e, por conseguinte, a dissipação do gás. NUNCA acender lume ou ligar a electricidade: uma pequena faísca, que fosse, seria o suficiente para dar lugar uma explosão, de consequências imprevisíveis. Não esqueças, porém, de providenciar no sentido de ser detida a fuga de gás.

Uma prioridade...EVITAR O ACIDENTE!
Se calhar não sabes que os acidentes que ocorrem, quer em casa, quer na rua, causam anualmente mais mortes que as doenças ou mesmo as guerras. Deves, por isso, estar atento e saber o que fazer, no caso de assistires a um desastre.
As regras de prevenção de acidentes ou contra perigos devem ser muito bem observadas.
A figura seguinte representa diversas possibilidades de acidentes caseiros.
Mas não é só em casa que o acidente espreita. Ele pode ocorrer na rua ou até numa actividade em que tomas parte.
Respeita as regras de trânsito, e as regras que te impõem em casa, na escola, nos escoteiros, lembra-te que os teus pais, o teus professores, os teus chefes são teus amigos, e se te aconselham é para teu bem.

MATERIAL PARA ACAMPAMENTO

É muito importante que todo o material, individual e coletivo, necessário para o acampamento seja preparado e organizado pelo Escoteiro com cuidado e atenção, afim de que não falte nada que comprometa o andamento das actividades ou o bem estar do grupo.
Preparamos uma relação com os mais importantes itens que devem estar no seu material de acampamento. Imprima esta relação ou utilize dela paraajudar a preparar a tua própria lista adicionando tudo aquilo que você costuma levar sempre, assim, quando você precisar arrumar sua mochila não precisará ficar preocupado em estar esquecendo alguma coisa e certamente será muito mais prático e rápido.
Dicas

· Sempre leve em conta o tipo de acampamento que estará participando, substitua e adicione itens quando necessário seguindo as orientações de seu Chefe.
· Em acampamentos volantes e Jornadas muito cuidado com o excesso de material, leve apenas o essencial.
· O peso total da mochila não deve ultrapassar 1/3 do seu peso.
· Teu material deverá estar identificado de preferência. Pode usa o teu nome, iniciais ou alguma marca própria para não perder nada.
· Não esqueças de colocar a quantidade de roupas de acordo com a duração do acampamento e com o clima.
· Todo o material deverá estar organizado em sacos impermeáveis (de preferência), de acordo com o tipo (Individual, Cozinha, Higiene, etc), dentro da mochila.
· Para os Monitores: Tenha sempre esta lista em mãos para entregar aos novos Elementos da Patrulha antes de um acampamento. Esta será uma ótima forma de orientação.

Material Individual

· Uniforme Completo (camisa, lenço, calções, meias, cinto, jarretieras, botas, BP/kiko)
· Meias
· Roupas interiores
· T-shirts
· Calções/calças
· Fato de treino
· Agasalho
· Cobertura para o sol (boné, chapéu)
· Sapatilhas
· Capa de Chuva
· Saco para roupa suja
· Fato de banho

Higiene

· Escova de dentes
· Pasta de dentes
· Escova de cabelo ou pente
· Shampoo
· Sabonete
· Desodorizante
· Toalha de banho/toalha de rosto
· Papel Higiénico


Cozinha

· Alimentos (ver relação de Patrulha)
· Material de cozinha (ver relação de Patrulha)
· Caixa de fósforos
· Copo/ Prato
· Talheres (garfo, faca, colher)
· Cantil

Outros

· Manta de Fogo de Conselho
· Saco de cama
· Faca de mato/ Canivete
· Lenços de bolso
· Lanterna (pilhas extras)
· Caneta/ Caderno de caça/ Bloco de anotações
· Máquina fotográfica
· Documentos pessoais
· Kit de Primeiros Socorros
· Bússola
· Estojo simples de costura (alfinetes, linha, agulha)
· Repelente contra insectos
· Protector Solar
. Bordão da Patrulha (Guia)

GLOSSÁRIO ESCOTISTA

A
ABRIGO - proteção feita com ramos ou toldos para passar a noite.
ACANTONAMENTO - actividade na qual se pernoita numa habitação.
ADRIÇA - espia que iça a bandeira no mastro.
A.E.M.- Associação de Escoteiros de Macau
A.E.P.- Associação dos Escoteiros de Portugal
A.G.P. - Associação das Guias de Portugal
ALCATEIA - secção dos lobitos
ALERTA - divisa dos escuteiros do CNE; grita-se para chamar a atenção de outro escuteiro
ALVORADA - fenómeno curioso e muito lento e que é a primeira coisa a acontecer num dia de acampamento
AQUELÁ - Chefe dos lobitos
ASPIRANTE - jovem que ainda não fez a Promessa
AVENTURA - secção ou ramo da AGP, para a faixa etária entre os 10 e os 14 anos; actividade típica da IIªsecção
AVEZINHA - elemento da AGP com idade entre os 6 e os 10 anos
AZIMUTE - direcção definida em graus a partir de um ponto, sendo de 0º para norte, 90º para este, 180º para sul, etc.)
B
B.A. - boa acção diária
BADGE - termo inglês para insígnia
BAGUIRÁ - adjunto do Chefe dos lobitos
BALU - adjunto do Chefe dos lobitos
BANDEIROLA - o mesmo que totem de patrulha
BANDO - grupo de 4 a 8 lobitos
BASE - sede dos caminheiros
BE PREPARED - original em inglês de "alerta" ou "sempre pronto"
BERET - termo em inglês, que significa boina
BIFURCADA - vara do caminheiro; o mesmo que Tronca
BIVACAR - passar a noite no mato
BIVAQUE - acampamento apenas para passar a noite
BOA-CAÇA - termo usado entre escuteiros para desejar felicidades, bom trabalho ou boa actividade.
BORNAL - saco de tiracolo para actividade, normalmente contendo sisal, ou material de campismo.
BOY SCOUT - termo mais apropriado, em inglês, para traduzir "escuteiro"
B.P. - abreviatura por que é conhecido Baden-Powell
B.P.(um) - chapéu de escuteiro de abas largas
B.S.A. - abreviatura de Boy Scouts of America, a associação de escuteiros dos EUA
BUREAU MUNDIAL - secretariado mundial do escutismo, o qual serve de referência e reúne todas as associações escutistas do mundo, presentemente na Suiça
C
CABANA - sede dos Exploradores
CABEÇA - material de campo que os escuteiros muitas vezes se esquecem de levar para os acampamentos
CABEÇA-DE-LOBO - condecoração atribuída a escuteiros do CNE que revelem assiduidade, bom comportamento e bom aproveitamento (fitas: amarela, verde, azul ou encarnada, conforme a secção a que pertença o escuteiro)
CABIDE DE FARDA - escuteiro vaidoso e pouco trabalhador
CADERNO DE CAÇA - pequeno livro ou caderno, feito pelo escuteiro, e onde ele aponta todas as coisas de interesse; caderno com que o escuteiro "caça"
C.A.F. - Curso de Ajuntos de Formadores, destinado a dirigentes que participarão em cursos de formação de dirigentes (insígnia de madeira de 3 contas)
C.A.P. - Curso de Aprofundamento Pedagógico, destinado a chefes de unidade, e relativos a uma unidade específica (insígnia de madeira de 2 contas)
CAMINHEIROS - escuteiros com mais de 17 anos
CAMPO-ESCOLA - campo com infraestruturas onde tradicionalmente se dá instrução a dirigentes ou guias, normalmente também usado como local de acampamento para escuteiros; em Portugal há vários: Caparica (AEP), S.Jacinto (CNE), Fraião (CNE), etc.
CANHOTA - nome por que é conhecido o aperto de mão escutista, feito com a mão esquerda.
CANTIL - recipiente fechado usado para transportar água nas caminhadas
CANTINA - panelas, tachos e restante equipamento de culinária para os acampamentos
CARAVELA - secção ou ramo da AGP, para a faixa etária entre os 14 e os 18 anos
CARICAS - insígnias de especialidade
CAVALEIRO DA PÁTRIA - última etapa do sistema de progresso escutista; esta insígnia é concedida ao escuteiro que, para além de ter completado as provas todas da insígnia de Ouro e de ter conquistado várias especialidades, demonstre qualidades extraordinárias como escuteiro, como pessoa e como cidadão, e que os seus dirigentes o achem deveras merecedor de usar essa insígnia.
C.D.F. - Curso de Directores de Formação, destinado aos dirigentes que irão dirigir cursos de formação de dirigentes (insígnia de madeira de 4 contas)
CHEFE DE GRUPO - Chefe dos Exploradores ou dos Pioneiros (CNE); Chefe de Agrupamento (AEP)
CHEFE DE EQUIPA - responsável por uma equipa de caminheiros
CHEFIA - relacionado com os chefes ou com a equipa de animação
CHEFIA DE CAMPO - conjunto dos chefes responsáveis pelo acampamento
CHEFINHO - nome dado carinhosamente aos chefes
C.I. - Curso de Introdução, destinado a todos os futuros dirigentes que nunca tenham sido escuteiros, e que devem fazer antes do CIP
CICLO DE HOMÓGRAFO - o código homógrafo está dividido em ciclos, cada um correspondente á posição fixa de uma das bandeirolas
C.I.P.- Curso de Iniciação Prática, que todos os dirigentes têm de fazer antes de serem investidos, no CNE
CLÃ - secção dos caminheiros
COMPROMISSO DE HONRA - o mesmo que a Promessa
CORRIDA DE AZIMUTES - jogo tradicional com um percurso feito pelo seguimento de direcções definidas por azimutes
C.N.E. - Corpo Nacional de Escutas~
COLAR-DE-N'ÁLVARES - condecoração mais alta do CNE, atribuída a pessoas que tenham prestado serviços extraordinários e de muito valor ao CNE; é usada automáticamente pelo Chefe Nacional (fitas: branca com risca vermelha central ao alto)
COMPANHIA - agrupamento da AGP
COMPETÊNCIAS - insígnias diversas cujas provas obdecem a requisitos específicos de determinadas áreas e especialidades
CONSELHO DE GUIAS - reunião da Equipa de Animação com os Guias de Patrulha, e onde se tomam decisões relativas ao Grupo; os Guias estam nesta reunião para representar as suas patrulhas;
COPO-DE-CANTIL - copo de metal que normalmente acompanha os cantis militares e que pode servir para beber, comer, cozinhar ou despejar água no número do elefantezinho
CORPO DE SCOUTS CATÓLICOS PORTUGUESES - nome inicial do CNE;
CROQUIS - esboço de uma área geográfica contendo as características mais importantes
CRUZ-DE-ABNEGAÇÃO - condecoração atribuída a escuteiros do CNE que tenham posto em risco a própria vida ao tentar socorrer outras vidas (fitas: vermelha com risca amarela central ao alto)
CURSO DE GUIAS - actividade só para guias onde lhes é dada instrução mais avançada
D
DIRIGENTE - o mesmo que chefe
DIVISÃO - grupo de escuteiros da mesma faixa etária; na AEP existem 4: Alcateia, Tribo Júnior, Tribo Sénior e Clã
D.M.F.- Depósito de Material e Fardamento, CNE
E
ÉCLAIREUR - termo francês para "escuteiro"
EMPREENDIMENTO - actividade típica da IIIªSecção
E.p.R. - abreviatura do livro "Escutismo para Rapazes"
EQUIPA - grupo de 4 a 8 pioneiros ou caminheiros
EQUIPA DE ANIMAÇÃO - equipa de dirigentes e/ou caminheiros que orientam e/ou chefiam uma secção, ou actividade
ESCALPO - fitas com as cores da patrulha; troféu obtido pela patrulha e que é pendurado no totem da patrulha;
ESCOLA DE GUIAS - o mesmo que Curso de Guias
ESCOTEIRO - o mesmo que escuteiro, mas usado noutras associações, por exemplo AEP, AEM e UEB.
ESCOTEIRO DA PÁTRIA - o mesmo que Cavaleiro da Pátria, na AEP
ESCUTA - o mesmo que escuteiro
ESPIA - corda utilizada para amarrações e nós
ESCUTEIRO DE PAU E CORDA - escuteiro desalinhado e pouco sabedor
ESCUTEIRO DE SALA - escuteiro aprumado e condecorado que só aparece em festas e cerimónias.
ESPECIALIDADES - insígnias tipo competências atribuídas a caminheiros; antigamente, as insígnias de competência eram chamadas especialidades
EXPLORADOR - escuteiro com idade entre os 10 e os 14 anos (CNE); tradução literal para português da palavra inglesa "scout" que significa escuteiro (ou batedor);
F
FITINHAS - fitas usadas pelos guias e sub-guias no bolso esquerdo
FLEXÕES - exercício de meditação muito salutar destinado aos escuteiros que percam a cabeça numa formatura
FLOR DE LIS - emblema do escutismo; revista oficial do CNE
FOGO DE CONSELHO - cerimónia á volta de uma fogueira, á noite, onde se apresentam canções, teatro, jogos e onde se fazem reflexões.
FORMATURA - maneira de os escuteiros estarem numa cerimónia qualquer, sob as ordens de alguém. As formaturas mais comuns são em coluna e em ferradura.
FOSSA - buraco feito no solo para lixo ou para servir de latrina
G
GAMBOZINO - animal de características especiais, nocturno, e que é muito difícil de caçar. Normalmente caçam-se nos acampamentos.
GILCRAFT (SÉRIE) - série de livros editada pelo Campo Escola de Gilwell Park (Londres) dedicados a dirigentes
GILWELL PARK - primeiro campo escola para formação de chefes
GIRL GUIDE - termo inglês para guia, do movimento das Guias;
GRANDE UIVO - saudação dos lobitos ao Chefe
GRITO DE PATRULHA - saudação feita pelos escuteiros de uma patrulha; também serve para estes comunicarem entre si á noite no mato.
GRITO DE ANIMAÇÃO - grito dado pelos escuteiros em sinal de agradecimento, aplauso ou reprovação.
GUIA - o líder do bando, alcateia, patrulha, grupo ou equipa; rapariga pertencente á AGP.
GUIDISMO - movimento originário do escutismo e que reúne apenas raparigas
H
HIPOPÓTAMO - latrina do acampamento
HOMÓGRAFO - técnica de sinalagem por meio de um código (código homógráfico) usando bandeirolas ou mãos nuas, baseado em posições diferentes dos braços
HORÁRIO DE CAMPO - programa com o horário das actividades de um acampamento, e que é feito de propósito para toda a gente se atrasar
I
IMPOSSÍVEL - aquilo que qualquer coisa nunca é para um escuteiro;
INDABA - encontro de dirigentes
INSÍGNIA DE MADEIRA - cordão de couro com contas de madeira usada pelos dirigentes que tenham concluído um curso para dirigentes tipo CAP ou CAF,
INSÍGNIA DE MÉRITO - insígnia que se atribui ao escuteiro que tire, pelo menos, uma competência de cada área, e que só é retirada da farda quando tire a primeira especialidade no Clã.
INSPECÇÃO - visita feita pela chefia de campo aos campos de patrulha para descobrir esparguete, papel de rebuçado e bocadinhos de salsicha no chão.
INTENDENTE - elemento da patrulha encarrege da compra ou busca de comida ou material;
INTER - concurso inter-patrulhas, em que as patrulhas competem entre si em diversos assuntos na disputa de um troféu
INVESTIDURA - compromisso para determinado cargo escutista, normalmente equivalente á promessa mas para dirigentes e caminheiros
J
JAMBOREE - acampamento internacional
JAMBOREE-NO-AR - actividade anual que põe escuteiros de todo o mundo a comunicarem uns com os outros através de rádios de rádio-amadores, durante 48 horas.
JARRETEIRA - liga com a cor da secção que segura as meias.
JERRICAN - contentor de plástico para transportar água nos acampamentos.
JUNTA - sede da Junta Regional; onde se pode comprar uniformes, livros escutistas, insígnias, etc.
K

L
LATAS - o mesmo que cantina ou marmita
LISTEL - sítio da insígnia associativa onde se escreve a divisa escutista
LOBITISMO - movimento originário do escutismo e que contempla apenas lobitos
LOBITO - escuteiro com 6-9 anos
M
MARMITA - o mesmo que cantina ou latas
MASTRO - da bandeira; tubos que sustêm o tecto da tenda;
MEDALHA-DE-CAMPO - condecoração atribuída a escuteiros do CNE que se distingam em grandes acontecimentos da vida em campo (fitas: verde claro, com risca amarela central ao alto)
MEDALHA-DE-HEROÍSMO - condecoração atribuída a escuteiros do CNE que tenham cometido actos de coragem e heroísmo ao socorrerem pessoas ou bens (fitas: amarela e verde)
MOINHO - secção ou ramo da AGP, para maiores de 18 anos
MOOT - encontro mundial de caminheiros (equivalente ao jamboree)
MORSE - código de comunicações usando pontos e traços, e que pode ser usado por diversos meios (apitos, nuvens, luz, reflexos de luz, fogueiras, piscar de olhos, etc)
MOSQUETÃO - peça de metal com o formato de uma argola oval, com abertura, usada em montanhismo, e que se usa de cada lado do cinto de escuteiro;
MOVIMENTO - quando se fala do movimento escutista.
N
NACIONAL - acampamento nacional com escuteiros de todo o país
NECKER - termo inglês para lenço
NHANHA - refeição típica feita por escuteiros em campo
NHECA - o mesmo que nhanha
NINHO - patrulha de avezinhas
NÓ-DA-AMIZADE - nó em esquadria que se dá com as duas pontas do lenço durante actividades com muitos escuteiros
NÓ-DE-MÉRITO - condecoração atribuída a escuteiros do CNE que demonstrem fidelidade á Lei, Princípios e Promessa, ser exemplo de atitudes em favor da comunidade, etc.(fitas: amarelo, verde, azul e vermelho)
NOITE DE CAMPO - coisa que os escuteiros gostam de juntar, e que ganham por cada vez que dormem num acampamento; se ficarem acordados também ganham.
NOVATO - o mesmo que aspirante, mais caracacterizado pela sua falta de experiência
NOVIÇO - escuteiro que passou de secção mas que ainda não renovou a sua Promessa na nova secção
NÚMERO - número de Fogo de Conselho, que pode ser uma canção, um jogo, uma história, uma peça de teatro, etc.
O
OLH´ Ó DÉCIMO! - recomendação feita a um escuteiro para lhe lembrar o 10º artigo da Lei do Escuta
P
PALAVRÃO - palavra, que pode ser pequenina, e que um escuteiro costuma dizer para pedir para lavar a loiça ou fazer flexões
PASSAGEM - mudança de secção
PATA-TENRA - escuteiro novato, inexperiente, que em campo dá mostras de não se saber desenrascar nem de trabalhar em equipa
PATCH - termo inglês para insignia
PENACHO - espécie de molho de penas usada pelos chefes no chapéu BP
PESCADINHAS - o mesmo que fitinhas
PIONEIRISMO - arte de fazer nós e construções
PIONEIROS - escuteiros com 14-16 anos
PISTA - percurso marcado com sinais especiais (sinais de pista) ou com objectos, ou de qualquer outra maneira.
PÓRTICO - construção de campo por onde os escuteiros entram para o seu campo de patrulha.
PROGRAMA - plano para uma actividade e muito sujeita a alterações
PROMESSA - cerimónia em que o jovem passa a ser escuteiro
P.T. - abreviatura de pata-tenra
Q
QUENÉ - escuteiro do CNE chamado por outro de outra associação
R
RAID - actividade em que se andam grandes distâncias a pé, normalmente de mais de 24h
REGIONAL - acampamento com escuteiros da mesma região
ROVER - termo em inglês para caminheiro
S
SAÍDA DE CAMPO - actividade fora da sede, com a duração máxima de um dia
SAL - condimento que o escuteiro costuma esquecer de deitar na comida, ou cuja quantidade nunca acerta
SCARF - termo inglês para lenço
SCOUT - termo em inglês que significa escuteiro; batedor; explorador;
SCOUTING FOR BOYS - "escutismo para rapazes" em inglês;
SECÇÃO - o mesmo que divisão
SEMPRE ALERTA PARA SERVIR - lema dos dirigentes do CNE
SEMPRE PRONTO - divisa dos escuteiros da AEP; um "sempre pronto" é um escuteiro da AEP; grita-se para chamar a atenção de um escuteiro da AEP; revista oficial da AEP
SEMPRE PRONTO PARA SERVIR - lema dos dirigentes da AEP ou AEM
SENTIDO - posição que se deve tomar em sinal de respeito. É feita com os calcanhares juntos, braços ao longo do corpo, e queixo ligeiramente levantado.
SENTIDO DE HUMOR - aquilo que nunca falta a um escuteiro
SERVIR - lema dos caminheiros
SISAL - tipo de corda muito usada pelos escuteiros em construções
S.JORGE - cavaleiro-santo patrono dos escuteiros em todo o mundo
S.M.U. - Serviço de Material e Uniformes, AEP
T
TONG QUAN - termo chinês para escuteiro
TOTEM - conjunto da vara, bandeirola e escalpos da patrulha, usada apenas pelo guia ou seu substituto.
TRALHA - lado da bandeira onde segura a adriça
TRÊS-FITAS - guia de grupo ou alcateia
TRIBO - secção dos Exploradores ou Pioneiros, na AEP
TRIBUNAL DE HONRA - reunião dos Guias com a Equipa de Animação para julgar o acto de algum escuteiro que tenha atentado á Lei do Escuta; por norma, se o réu for um dos Guias, nenhum sub-Guia poderá participar nesse Tribunal de Honra;
TRILHO - caminho de terra batida no meio do mato; pode ser largo para passar um carro, ou estreito para só caber uma pessoa
TRONCA - vara do caminheiro
U
UEB - União dos Escoteiros do Brasil
UNIDADE - o mesmo que divisão e secção; no CNE há a Alcateia, Grupo Explorador, Grupo Pioneiro e Clã
V
VEDAÇÃO - divisão normalmente feita com sisal e que delimita o campo de cada patrulha nos acampamentos
VOLUNTÁRIO - (para lavar a loiça ou fazer flexões) escoteiro que, depois de fazer uma asneira, se oferece prontamente para uma dessas tarefas.
W

X

Y

Z

CONSTRUIR UM ABRIGO

Nesta altura do ano, por excelência propícia a acampamentos, cá fica mais uma sugestão para apreciarem a vida ao ar livre: o abrigo.


A função principal de um abrigo é proteger o escoteiro do frio, vento, chuva e outras condições climatéricas desagradáveis ou mesmo perigosas para a sua saúde. Um abrigo bem construído também pode oferecer conforto e bem estar psicológico.


Quanto maior for o tempo de acampamento, maior será a importância a dar à forma como o abrigo é construído. Um abrigo feito à mão pode ir de um rápido e simples alpendre a uma cabana de troncos completamente calafetada. A sofisticação do abrigo a construir depende de vários factores como o tempo e material disponíveis, o conforto pretendido e naturalmente o engenho do “artista”! Uma característica fundamental para construir um abrigo eficaz e “habitá-vel” é improvisar. A improvisação combinada com a criatividade e alguns conhecimentos básicos podem produzir um abrigo robusto e confortável.


Dever-se-á procurar um local seco para acampar, preferencialmente plano, sem pedras, ramos ou coutos de troncos (daqueles que nos fazem dar voltas a noite inteira sem dormir!). O conforto do abrigo começa com a escolha do local. Um ponto alto no terreno, um local bem aberto e afastado de pântanos é o ideal. Para além disso, há que ter atenção à intensidade e direcção do vento. A entrada do abrigo deve sempre estar “de costas” para o vento. O tipo de abrigo a construir depende do tempo disponível para o preparar e do tempo que nos vamos servir dele.
Há vários tipos de abrigo. Desde aqueles que se fazem aproveitando os recursos que a natureza nos dá, como é o caso dos salgueiros, das árvores caídas ou dos troncos; até àqueles que, para os construir, recorremos a materiais, como é o caso de pára-quedas, de colmo ou em “A”, o alpendre, o famoso teepee (que falámos no Canto de Patrulha anterior), o mongol ou o abrigo do Índios Navajos ou abrigo subterrâneo, que pela sua peculiaridade passamos a descrever:
- escava-se no solo um buraco rectangular ou quadrado, com cerca de um metro de profundidade;
- escoram-se as paredes com toros presos por estacas e faz-se uma rampa de acesso;
- criam-se cerca de três estacas de cada lado (na parte de fora, afastados cerca de 50 cm do limite do buraco) para suportarem um tronco que servirá de apoio às varas do colmo;
- o colmo é constituído por diversas varas flexíveis que atravessam o abrigo de lado a lado, formando uma cobertura curva;
- cobre-se a estrutura com folhas, oleados, panos de tenda, sem esquecer, obviamente, de fazer um respirador!!
Este abrigo é desaconselhado durante as épocas de chuva, porque inunda sempre!

ORIENTAÇÃO - CARTAS TOPOGRÁFICAS- ESCALAS NUMÉRICAS

Já sabemos que o mapa representa, de forma reduzida, o espaço geográfico. Para representar correctamente o que existe na Terra é necessário a utilização de escala nos mapas. Tomando-se como base a escala apresentada pelo mapa, podemos com isso, avaliar distâncias e obter medidas

Escala é uma relação matemática existente entre as dimensões ( tamanho ) verdadeiras de um objecto e sua representação ( mapa ). Essa relação deve ser proporcional a um valor estabelecido.
A cartografia trabalha somente com uma escala de redução, ou seja, as dimensões naturais sempre se apresentam nos mapas de forma reduzida. Vais encontrar nos mapas dois tipos de escalas: escala numérica e escala gráfica.

Escala Numérica: é representa da por uma fração, onde o numerador corresponde à distância no mapa ( 1 cm ) , e o denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita das seguintes maneiras:
____1___ , 1/300 000 e 1:300 000
300 000

Nos três casos lê-se a escala da seguinte forma: um por trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma redução de 300 000 vezes, para que coubesse no papel.
No exemplo acima de escala numérica, a fracção tem o seguinte significado:
numerador distância medida no mapa ( 1 cm )
denominador distância real ( 300 000 cm )

sabendo que cada 1 cm medido no mapa, corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), temos agora que aprender a converter os 300 000 cm em Quilómetros ( Km ), que é a unidade de medida usual para grandes distâncias. Para fazer a transformação de cm ( centímetro ) para km ( quilómetro ) ,devemos utilizar uma tabela com os submúltiplos e múltiplos do metro:

submúltiplos do metro<-------metro --------->múltiplos do metro
mm-cm-dm-m-dam-hm-km



submúltiplos do metro:mm-milímetro cm-centímetro dm-decímetro

múltiplos do metro: dam-decâmetro hm-hectômetro km-quilômetro


de acordo com os dados acima ,podemos verificar que um número que esteja na casa do cm ( centímetro ), e para ser transformado em km ( quilômetro ), deverá deslocar-se por 5 ( cinco ) casas.

Retornando a escala do nosso exemplo;
1:300 000 ---> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na realidade ou ( 3 00000 ) 3(três) km.

1:20 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.


1:200 000 ---> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm naa realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.


1:154 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000 cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.


1:100 ---> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.

ORIENTAÇÃO - CARTAS TOPOGRÁFICAS

O que são Cartas Topográficas?
Ao traçar o caminho para a tua casa numa folha de papel, na verdade desenhas-te , em dimensões reduzidas, uma pequena parte da superfície terrestre.Para facilitar a orientação, a folha indica, de modo simples mas completo, as principais características da zona ondevives. Na prática, aquele simples roteiro constitui uma carta topográfica. Os mapas ou cartas topográficas são desenhos que representam partes da superfície terrestre, em dimensões reduzidas. Seu próprio nome os define claramente: em grego, ghé significa Terra e graphya significa desenho ou escrita. Carta topográfica, assim quer dizer "carta do desenho da Terra".

Como são feitas?
As cartas topográficas tornam-se instrumentos indispensáveis em muitas ocasiões: para orientação em territórios desconhecidos, para conhecer as características de regiões longínquas, onde não se pode ir pessoalmente, ou para conseguir uma visão de conjunto de territórios muito extensos.Para simplificar a consulta, a elaboração das cartas topográficas obedece a regras bem precisas, adoptadas internacionalmente e aplicáveis a todo tipo de carta - desde as que representam territórios muito pequenos até as que compreendem toda a superfície da Terra.
Ao olharmos uma carta topográfica vemos uma infinidade de linhas que cobrem o mapa, sem jamais se cruzar e muitas vezes não entendemos qual o sentido daquilo. Iremos explicar o que é cada tópico e sua finalidade, para que tu saibas identificar vales, montanhas, cursos de água e outros.

O que são Curvas de nível?
São linhas que ligam pontos, na superfície do terreno, que têm a mesma altitude (cota). É uma forma de representação gráfica de extrema importância. A planimetria possui uma forma de representação gráfica perfeita, que é a planta (projecção horizontal). Nela, os ângulos, aparecem com sua verdadeira abertura e as distâncias exactas, naturalmente reduzidas pela escala do desenho. Enquanto isso, a altimetria só conta com a representação gráfica em perfil (também chamado de vista lateral, vista em elevação, corte etc). Mas o perfil só representa a altimetria de uma linha (seja recta, curva ou quebrada) mas não de uma área. Então a visão geral fica altamente prejudicada, pois precisaríamos de um número imenso de perfis do mesmo terreno em posições e direcções diferentes, para termos uma visão panorâmica e nunca poderíamos visualizá-los todos ao mesmo tempo.
As curvas de nível serão representadas na planta abrangendo uma área, o que permite ao usuário uma visão imaginativa geral da sinuosidade do terreno. Observando uma planta com curvas de nível, somos capazes de visualizar os vales, grutas, espigões, cursos de água pluviais, terrenos, terrenos mais íngremes ou menos acidentados, terrenos mais sinuosos (acidentados) e menos irregulares, elevações etc.

ORIENTAÇÃO - A BÚSSOLA II

Existem vários tipos de bússolas, mas todas tem a mesma função. Muito embora algumas sejam mais indicadas pela sua precisão e facilidade de manuseamento.

Deixamos aqui a constituição de uma bussula de reflexo muito utilizada para determinar azimutes






Modo correcto de segurar uma bússola


Ao usares a bússola, deves sempre colocá-la o mais na horizontal possível.

Se fizeres leituras com a bússola inclinada estarás a cometer erros.

O polegar deve estar correctamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.

ORIENTAÇÃO - A BÚSSOLA

A bússola é o instrumento de orientação por excelência. Foi utilizada pelos navegantes italianos no século X, mas provavelmente foi inventada pelos chineses muito antes disso.


O princípio de funcionamento de uma bússola é muito simples: uma agulha magnetizada apoiada sobre uma pequena haste e empilhada em um líquido especial (querosene ou xilene) aponta sempre a direcção norte, sendo magneticamente atraída para esse pólo. No visor da bússola temos também a rosa dos ventos, para determinar a leitura com precisão.



Como utiliza-la:
Logo que se toma a bússola e se destrava, o movimento brusco faz a agulha girar por alguns momentos, passando a oscilar de um lado para o outro, até firmar-se num mesmo ponto, apontando para o norte. Girando - a cuidadosamente, faz-se a parte magnetizada da agulha (geralmente pintada de azul ou vermelho) coincidir com o N do mostrador, delimitando assim com exactidão os quatro pontos cardeais, suas divisões e subdivisões.

Para improvisar uma bússola:
Pegue uma vasilha com água, corte um pequeno disco de uma rolha qualquer e traspasse aí um alfinete, após ter esfregado bem uma de suas pontas no cabelo. Colocando o disco na água, ele vai boiar, e o alfinete com a ponta magnetizada apontará para o Norte.



Leitura de mapas com a bússola:
Os mapas, ou cartas, são um retrato fiel da região por eles representada, com todos os acidentes geográficos, rodovias, ferrovias, cidades, etc., e são projectados de acordo com os quatro pontos cardeais e com a escala de distâncias e medidas.

Todas as palavras são impressas no mapa de acordo que a sua leitura coincida com os quatro pontos cardeais, isto é: À esquerda de cada palavra é W, a direita, E, acima N e abaixo S. Portanto, ao abrir um mapa, devemos primeiramente alinha-lo conforme nossa posição, verificando o N com a bússola, descontando a dmg e estabelecendo o N verdadeiro. Feito isso, viramos o mapa para o N, e estamos então na posição correcta.

Para seguirmos qualquer direcção, basta visualizarmos a rota no terreno e colocarmo-nos em marcha.

ORIENTAÇÃO - POR INDÍCIOS

Aprende a te orientar por indícios que se pode encontrar no campo e nas povoações.

Caracóis - encontram mais nos muros e paredes voltados para Leste e para Sul.





Formigas - têm o formigueiro, especialmente as entradas, abrigadas dos ventos frios do Norte.



Igrejas - as igrejas costumavam ser construídas com o Altar-Mor voltado para Este (nascente) e a porta principal para Oeste (Poente), o que já não acontece em todas as igrejas construídas recentemente.
Campanários e Torres - normalmente possuem no cimo um cata-vento, o qual possui uma cruzeta indicando os Pontos Cardeais.


Casca das Árvores - a casca das árvores é mais rugosa e com mais fendas do lado que é batido pelas chuvas, ou seja, do lado Norte.
Inclinação das Árvores - se soubermos qual a direcção do vento dominante numa região, através da inclinação das árvores conseguimos determinar os pontos cardeais.

Folhas de Eucalipto - torcem-se de modo a ficarem memos expostas ao sol, apresentando assim as «faces» viradas para Leste e Oeste.


Moinhos - as portas dos moinhos portugueses ficam geralmente viradas para Sudoeste.




Musgos e Cogumelos - desenvolvem-se mais facilmente em locais sombrios, ou seja, do lado Norte.





Girassóis - voltam a sua flor para Sul, em busca do sol.

ORIENTAÇÃO- MÉTODO DA SOMBRA DA VARA

Este método não oferece uma precisão exacta, devendo ser aplicado ou de manhã ou de tarde. Para a vara, não é necessário que seja uma vara propriamente. De facto, este método permite que seja usado qualquer ramo, direito ou torto, ou até mesmo usar a sombra de um ramo de uma árvore, uma vez que apenas interessa a sombra da ponta do objecto que estamos a usar.
Assim, começa-se por marcar no chão, com uma pedra, uma estaca ou uma cruz, o local onde está a ponta dasombra da vara. Ao fim de algum tempo, a sombra moveu-se, e voltamos a marcar do mesmo modo a ponta da sombra da vara. Se unirmos as duas marcas, obtemos uma linha que define a direcção Este-Oeste.
O tempo que demora a obter um deslocamento da sombra (bastam alguns centímetros) depende também do comprimento da vara. Assim, uma vara de 1m de comprimento leva cerca de 15 min a proporcionar um deslocamento da sombra suficiente para se aplicar este método.

ORIENTAÇÃO - A ROSA DOS VENTOS

A rosa-dos-ventos apareceu nas cartas e mapas a partir do século XIV, quando fez a sua primeira aparição nas cartas portulanos. O termo "rosa" vem da aparência dos pontos cardeais da bússola que lembram as pétalas desta flor. Originalmente esta invenção era usada para indicar as direções dos ventos (o que era conhecido como rosa-dos-ventos) mas os 32 pontos da bússola se originaram das direções dos oito ventos principais, dos oito ventos secundários e dos dezesseis ventos complementares.

Na Idade Média, os ventos tinham nomes geralmente iguais aos dos países mediterrâneos por onde eles passavam como tramontana (N), greco (NE), levante (E), siroco (SE), ostro (S), libeccio (SW), ponente (W) e maestro (NW). Nas cartas portulanos pode-se ver as iniciais destes ventos na ponta das "pétalas" como T, G, L, S, O, L, P, e M.

Os 32 pontos são simples divisões das direções dos quatro ventos (mas os chineses dividiram a bússola em 12 direções principais baseadas nos signos do Zodíaco). Uma das primeiras coisas que os aprendizes de marinheiro ocidentais tinham de fazer era dizer todos os nomes dos pontos cardeais . Nomeá-los perfeitamente ("de cor e salteado") era uma exercício conhecido na língua inglesa pela expressão "boxing the compass".

Não há um padrão único para a construção de uma rosa-dos-ventos, e cada escola de cartógrafos parece ter desenvolvido o seu próprio. Nas primeiras cartas o norte era marcado por uma ponta de seta acima da letra T (de tramontana). O símbolo evoluiu para uma flor-de-lis na época de Colombo e foi vista primeiramente nos mapas portugueses. Também no século XIV, o L (de levante) na parte leste da rosa foi substituído por uma cruz, indicando a direção do Paraíso (que se pensava estar localizado no Oriente), ou também onde Cristo havia nascido (no Levante).

As cores da figura são supostamente o resultado da necessidade de uma clareza gráfica, mais do que um capricho cartográfico. O desenho deveria estar bem visível até de noite, num navio balançando à luz bruxuleante de uma lanterna. Daí então os oitos pontos cardeais serem comumente mostrados na bússola na cor preta o que os ressaltam bem. Em contraste com o fundo, os pontos representados dos ventos secundários são bastante coloridos em azul ou verde, enquanto os demais ventos menores são menores e geralmente pintados de vermelho.






















CONSTITUIÇÃO DA ROSA DOS VENTOS














4 Pontos Cardeais

E: Este ou Leste;
N: Norte;
O: Oeste;
S: Sul;

4 Pontos Colaterais

NE: Nordeste;
NO: Noroeste;
SE: Sudeste;
SO: Sudoeste;

8 Pontos Subcolaterais


NNE: Nor-nordeste;
ENE: Lés-nordeste;
ESE: Lés-sudeste;
SSE: Sul-sudeste;
SSO: Sul-sudoeste;
OSO: Oés-sudoeste;
ONO: Oés-noroeste;
NNO: Nor-noroeste



ORIENTAÇÃO - TERMINOLOGIA DOS VENTOS

Alísios ou Alíseos - ventos regulares que durante o ano sopram regularmente de NE no hemisfério Norte e do SE no do Sul. A partir dos 30º vão diminuindo de intensidade em direcção ao Equador até se extinguirem formando aí a zona de calmarias equatoriais.

Aracati - nome que dão no Ceará a um vento forte que no verão sopra de nordeste.

Aura - brisa ligeira ou vento muito brando.

Austro - o vento do Sul.

Bora - vento seco e frio do NE que sopra na parte Norte do Adriático, sobretudo durante o Inverno.

Bóreas - o vento do Norte. (irmão de Notos e Zéfiro na mit. grega)

Brisa - nome que os pescadores do bacalhau davam ao vento fresco. Na costa sul da Madeira são os ventos do quadrante E ou de E a NE.

Camacheiro - vento que sopra em rajadas fortes de N ou NE na Madeira.

Carpinteiro da Costa - temível vento sueste que sopra na costa nordeste do Brasil

Chamsin - aportuguesamento de khamsin com que os árabes designam os ventos, carregados de areia finíssima, que sopram dos desertos nas próximidades do Mar Vermelho.

Ciclone - grandes massas de ar animadas de grande velocidade de rotação formadas nas zonas tropicais. No centro do ciclone existe uma zona de calmas. O sentido de rotação no hemisfério Norte é directo sendo retrógrado no hemisfério Sul. A sua trajectória é parabólica e na direcção de latitudes mais elevadas, pelo que nunca salta de hemisfério.

Furacão - vento repentino e impetuoso de origem ciclónica.

Garbino - vento que sopra de Sudoeste.

Garroa - nome dado ao vento fresco de Sudoeste na região de Setúbal. Os pescadores da região de Moçâmedes aplicam também o mesmo nome ao vento rijo também de Sudoeste.

Gravana - Vento fresco que sopra do sul ao sudoeste no Golfo da Guiné.

Greco ou Gregal - vento que sopra da Grécia ou do Nordeste.

Harmatão- vento muito quente e seco, o qual, de Dezembro a Fevereiro sopra do NE da costa ocidental da África.

Lariço - vento bonançoso que sopra na baía de Cascais.

Lestada - vento que sopra forte de Leste.

Levante - vento quente e seco que sopra de Leste no Mediterrâneo e se faz sentir no Algarve principalmente durante o Verão.

Maestro - vento do quadrante de Noroeste.

Mareiro - vento que sopra do mar para terra.

Mata-vacas - nome que nos Açores dão ao vento Nordeste.

Minuano - vento oeste frio do Sul do Brasil, que costuma soprar com violência depois da chuva, no inverno. Vem dos Andes e passa pela antiga zona dos índios Minuanos, de quem tomou o nome.

Mistral - vento seco e frio dos quadrantes do Norte que sopra no Sul de França. Faz-se sentir entre esta região, as Baleares e a Córsega.

Monção - vento periódico soprando por largo período de tempo nas regiões do Oceano Índico. A Monção de Verão sopra de SW de Abril a Outubro acompanhada de grandes chuvadas, sendo também conhecida por estação das chuvas. A mudança da direcção do vento, que passa a NE de Outubro a Abril, anuncia a Monção de Inverno.

Naulu - vento que sopra contrário ao vento Ukiukiu na ilha de Maui no Havai
Nortada - vento forte do Norte ou de direccções próximas, que sopra na costa portuguesa especialmente durante o Verão.

Notos - vento Sul. (irmão de Bóreas e Zéfiro na mit. grega).

Pampeiro - vento sudoeste violento que sopra na costa Brasileira e Argentina, acompanhado de chuvas, cuja duração pode ir de 6 a 26 horas.

Ponente ou Poente - vento de oeste.

Ponteiro - vento que sopra de proa.

Puelche - Ventos que atravessam a Patagónia argentina vindos do Atlântico que ao chegarem ao litoral chileno chocam com os ventos do Pacífico viram para Norte com rajadas geladas.

Rabanada - Rajada ou Pé de Vento.

Rafa - Rajada de Vento.

Rajada - vento que de quando em quando sopra com maior intensidade.

Refrega, Refega ou Rafega - vento forte de fraca duração, menos forte que a rajada.

Repiquete - salto de vento para outro rumo.

Salvante - vento favorável.

Samatra - temporal violento e normalmente de fraca duração que se levanta no estreito de Malaca vindo de Samatra.

Setentrião - vento que sopra do Norte.

Simum - vento ciclónico do Sahara que se faz sentir na parte oriental do Mediterrâneo, vindo de Sul a Sudoeste.

Siroco - vento quente, asfixiante e empoeirado de SE que sopra na região do Mediterrâneo, especialmente na Itália, Sicília, Malta e Grécia. Vindo do Norte de África, com origem no deserto do Sara, aparece durante a Primavera e Verão.

Suão ou Soão - vento quente e calmoso soprando entre leste e sueste.

Suestada - vento forte de Sudeste. Nome que dão a um temporal, geralmente pouco duradouro, na Terra-Nova.

Terral - vento que sopra de terra para o mar durante a noite até pouco depois do nascer do Sol.
Tornado - Tempestade ciclónica não excedendo em geral uma hora. Forma-se com mais frequência de meados de Maio a meados de Novembro na costa ocidental de África, entre o Trópico de Câncer e o Equador.

Tramontana - vento que sopra de Norte.

Travessão - vento que sopra de través.

Tufão - tempestade ciclónica no Mar da China, com grandes mares levantados por ventos de enorme violência. Formados geralmente na região das Carolinas e Marianas.

Ukiukiu - vento alíseo de Nordeste que sopra no Havai na ilha de Maui

Vara - Temporal de duração curta.

Vara do Coromandel - Vento fresco do quadrante leste que sopra no equinócio do Outouno na costa do Coromandel na Índia.

Vendaval - vento do Sul. Também um vento forte com pesados aguaceiros e mar alteroso.

"Vento Porão" - também conhecido por "Vento Auxiliar". A direcção e intensidade deste "vento" depende da direcção imprimida pelo leme à embarcação e da potência do motor instalado no porão...

Viração - Vento fraco que sopra do mar para terra depois do meio-dia até ao pôr-do-sol até cerca de 20 milhas da costa.

Xarouco - vento terral.

Zéfiro ou Zephyrus - vento suave e fresco de Oeste. (irmão de Bóreas e Notos na mit. grega)

PIONEIRISMO - PEITO DE MORTE

PEITO DE MORTE - serve para unir duas varas de forma a prolongá-los ou reforçá-los.

Como fazer:

1- Inicia-se da mesma forma como se faz uma falcaça simples formando um "S"

2-Damos umas voltas em torno das varas passando sobre o "S"

3-Depois de algumas voltas passar a ponta da corda pela "argola" formada pelo "S"

4- Termina-se com puxando a ourta ponta da corda (da mesma forma como se finaliza a Falcaça) e dá-se um nó direito com as duas pontas.



Outras formas de fazer esta ligação ou amarra:


Usando cunhas para apertar o nó.

Entrelaçando os cabos

PIONEIRISMO - BOTÃO EM CRUZ

BOTÃO EM CRUZ -é usad0 para unir duas varas formando um grau maior ou menor que 90º.

Como fazer:
1. Começamos a amarra, com o nó Volta do Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, ou seja, aquela que ficará na parte de baixo da amarra.
2. Damos três voltas no sentido "baixo para cima", e depois mais três voltas no sentido "direita para esquerda".
3. Agora vem a parte do "esganar"ou "enforcamento", passando o cabo ao redor da amarra (por entre as varas) por três vezes.
4. Finalizamos a amarra com uma Volta do Fiel do lado oposto ao inicial (conforme na figura).

PIONEIRISMO -BOTÃO EM ESQUADRIA

BOTÃO EM ESQUADRIA - Serva para fixar duas varas perpendicularmente.


COMO FAZER:

1. Começamos a amarra, com o nó Volta doFiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, ou seja, aquela que suportará o peso .
2. Nesta amarra devemos "trançar"o cabo com as varas, formando o desenho de um quadrado, como na figura.
3. É importante que a cada volta, passamos o cabo pela parte de dentro da amarra, para deixá-la mais firme.
4. Finalmente, temos a parte do "esganar"ou "enforcamento". Devemos passar o cabo em torno da amarra.
5. Finalizamos a amarra com a Volta do Fiel do lado oposto ao inicial.

PIONEIRISMO - TRIPÉ

TRIPÉ -Esta amarra serve para construir tripés que servem para sustentar objectos como por exemplo um candeeiro.

Como fazer:
1. Começamos a amarra, com a Volta do Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, nunca pela vara do meio.
2. Na amarra de tripé, devemos "trançar" o cabo com as varas, passando o cabo primeiro por cima, o segundo por baixo, e o terceiro por cima, e na volta o inverso. Devemos fazer de seis a dez entrelaçamentos.
3. Temos a parte da "esgana"ou "enforcamento". Devemos passar o cabo por entre as varas, para firmá-los, não aperte muito, pois se o fizer, não coseguirá colocá-lo de pé na forma de tripé.
4. Finalizamos a amarra com a Volta do Fiel (como na figura).

PIONEIRISMO - NÓ DE CATAU




Nó de Catau

É usado para encurtar a corda ou o cabo, sem cortá-lo. Este nó, também pode ser utilizado para isolar uma parte do cabo que esteja danificado.

Como fazer:
1. Com o cabo, faça um “S”.
2. Dê dois cotes, um em cada lado do “S”.
3. Aperte o nó (conforme na figura).

PIONEIRISMO - VOLTA DA RIBEIRA

Volta da Ribeira

É usado para iniciar amarra, ou para arrastar lenha. Este nó aperta a medida que a carga é aplicada, entretanto é fácil desfazê-lo.

Como fazer:
1. Dê uma volta no bastão.
2. Passando em volta da primeira ponta, dê voltas na segunda porção do nó.
3. Puxe a primeira ponta para fixar o nó (conforme na figura).

PIONEIRISMO - VOLTA DO FIEL

Volta do Fiel

É usado para iniciar ou terminar amarras. Ele é muito importante, por ser a base de outros nós. A Volta do fiel não corre lateralmente e suporta bem tensão.

Como Fazer:
1. Dê uma volta na superfície utilizada.
2. Dê uma segunda volta sobrepondo a primeira.
3. Passe a ponta do cabo por debaixo da segunda volta.
4. Aperte o nó (conforme na figura).


PIONEIRISMO - LAIS DE GUIA

Lais de Guia

É um nó de grande utilidade quando se necessita de uma volta que não corra ou aperte. É o nó indicado para salvamentos, devendo a volta ser feita suficientemente larga para ser laçada ao peito e sob os braços da pessoa a ser socorrida.









Como fazer:
1. Faça um pequena volta com o cabo e uma segunda volta maior.
2. Passe o cabo por entre a primeira volta e por detrás da outra ponta do cabo.
3. Pela mesma volta que passamos inicialmente, passa-se o cabo outra vez.
4. Aperte o nó (conforme na figura).

PIONEIRISMO - NÓ DE ESCOTA

Nó de Escota







É usado para unir dois cabos de diferentes espessuras ou unir um cabo a uma argola. Este nó é muito importante, pois é com ele que amarramos a adriça à bandeira.

Como fazer:
1. Passe o cabo por dentro da argola.
2. Dê a “volta na lagoa” (argola).
3. Volte passando o cabo por entre a argola e a parte anterior do cabo.
4. Aperte o nó (conforme na figura).

PIONEIRISMO PARTE II

Tipos de Cabos





Torcidos Os cabos torcidos, normalmente não apresentam elasticidade sendo, portanto, considerados estáticos





Trançados Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade, são, na maioria das vezes, dinâmicos





NÓS E VOLTAS

Nó Direito - Método empregado para unir dois cabos de diâmetro igual pelo chicote. Desfaz-se por si mesmo se os cabos apresentarem diâmetros diferentes. Para sua realização, entrelaçam-se os chicotes dos cabos a serem emendados e, em acto contínuo, entrelaçam-se os chicotes novamente, de forma que os mesmos saiam em sentidos opostos, perfazendo um nó perfeitamente simétrico.

passo1 passo2 passo3









Nó direito - Esquerda sobre a direita; direita sobre a esquerda

PIONEIRISMO PARTE I


PIONEIRISMO - é uma arte reconhecida de qualquer escoteiro,pois baseia-se no facto de se saber dar nós, ou seja, perante determinada situação saber qual o nó mais apropriado e saber executá-lo correctamente. Mas antes de aprofundares esta arte tens que ter conhecimento dos seguintes pontos:


Principais partes de um cabo

Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada num cabo.
Cabo – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Chicote – extremos livres de um cabo, nos quais normalmente se realiza uma falcaça.
Falcaça – arremate realizado no extremo de um cabo para que o mesmo não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes do cabo por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nos cabos de fibra sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos chicotes.
Seio ou Anel – volta em que as partes de um mesmo cabo se cruzam.
Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa do cabo.

Constituição dos Cabos

Cabos de Fibra de Origem Natural- As fibras de origem natural mais utilizadas na fabricação de cabos são: manilha, sisal, juta, algodão e cânhamo. Geralmente os cabos de fibra natural levam o nome da planta da qual a fibra foi obtida. Com o objetivo de aumentar a durabilidade do cabo, são impregnados com óleo durante sua manufatura, o que lhes confere um aumento de 10% no peso

Cabos de Fibra de Origem Sintética -As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de cabos são: poliéster, poliamida, polietileno e o polipropileno, polímeros derivados de petróleo. Os cabos de fibra sintética, quando comparados aos cabos de fibra natural de mesmo diâmetro, apresentam maior resistência, maior elasticidade e duram mais

SIGNIFICADO DA BOA ACÇÃO DIÁRIA E SUA SIMBOLOGIA

Já reparaste que o listel com a divisa «Sempre Pronto» é rematado com um nó direito? A esse nó, quando ali figurado, nós chamamos Nó da Boa Acção.
B.P. instituiu a B.A. como princípio escotista para que os Escoteiros, seguindo o exemplo dos cavaleiros andantes de outrora, que defendiam as mulheres, as crianças, os velhos, os pobres e oprimidos, prestem pelo menos um serviço todos os dias.
Qualquer Escoteiro deve fazer pelo menos uma B.A. por dia, e existem muitas que podes fazer. Por exemplo, ajudar pessoas doentes, idosas ou cegas a atravessar as ruas ou ceder-lhes lugar nos autocarros; prestar delicadamente qualquer informação que seja solicitada; na ajuda tão útil nas tarefas caseiras; a afastar dos passeios cascas de frutos que podem fazer escorregar as pessoas; não cuspir no chão; a separar e recolher lixo; a aconselhar os teus amigos a que não maltratem animais ou plantas...etc, etc, etc.
Para que nunca esqueças a prática da B.A., faz um nó na ponta do teu lenço de escoteiro ou, quando não estiveres uniformizado, na ponta do teu lenço de bolso, por exemplo.Praticada a B.A., deves desatar o nó. Porém, isso não te dispensará de fazer outras B.A., assim surja oportunidade.